17 de abril de 2012

Rússia em cores há 100 anos atrás


Quando penso em fotografias 100 anos atrás o quem vem a cabeça são imagens em preto e branco com pouca qualidade de nitidez, mas quando vi essas fotografias coloridas feitas pelo russo  Serguei Mihailovitch Prokúdin-Górski há  um século atrás, fiquei impressionado com o resultado do método pioneiro utilizado por ele.
Auto-retrato do fotógrafo Sergey Gorskii 

Serguei Mihailovitch Prokúdin-Górski (em russo: Серге́й Миха́йлович Проку́дин-Го́рский​) (30 de agosto de 1863 - 27 de setembro de 1944) dedicou a sua carreira ao avanço da fotografia. Nasceu em Funicova Gora, no Oblast de Vladímir, Rússia em 1863 e formou-se como químico. Estudou com renomeados cientistas em San Petersburgo, Berlim e Paris, desenvolvendo as técnicas para as primeiras fotografia a cores.

Dos seus resultados surgiram as primeiras patentes de filmes positivos a cores e de projecção de filmes com movimento. Em 1905, Prokudin-Gorskii concebeu o grande projecto de documentar, com fotografias a cores, a enorme diversidade de história, cultura e avanços do Império russo, para ser utilizado nas escolas do Império.

O seu processo utilizava uma câmara que tomava uma série de fotos monocromáticas em sequência muito rápida, cada uma através de um filtro de cor diferente. Ao projectar as três fotos monocromáticas com luz da cor adequada era possível reconstruir a cena com as cores originais. No entanto, não dispunha de mecanismo para realizar impressões das fotos assim obtidas.

Para o seu projecto, o Czar Nicolau II pôs à disposição de Prokudin-Gorskii, um vagão de comboio equipado com uma câmara escura e os consumos necessários. Igualmente obteve todas as permissões para visitar áreas de acesso restrito e contar com o apoio da burocracia do Império. Assim equipado, Prokudin-Gorskii percorreu o império entre 1909 e 1915, documentando-o com imagens e dando a conhecer a magnitude deste aos seus habitantes.

Em 1918, Prokudin-Gorskii deixa a Rússia. Depois de saber da morte do Czar e da sua família, estabelece-se em Paris onde veio a falecer em 1944.

A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos comprou, em 1948, as imagens aos seus herdeiros e, em 2001, organizou a exposição O Império que foi Rússia. Para essa ocasião realizou-se a cópia digital das suas imagens a partir dos três originais monocromáticos de cada foto.






Fonte: Wikipédia, Boston.com

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